sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Compadece-te de mim, Senhor, porque me sinto atribulado, de tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo. Sal. 31:9

Compadece-te de mim, Senhor, porque me sinto atribulado, de tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo. Sal. 31:9.



Amanheceu mais um dia em sua vida. O sol brilha esplendoroso lá fora. Mas as nuvens da tristeza e da aflição parecem asfixiá-lo? Ao invés de sair por aí, contando como “a vida é injusta”, por que você não faz o que Davi fazia quando estava triste? Por que não vai até Jesus, abre o seu coração e chora na Sua presença? Deus sempre está disposto a ouvir o clamor sincero de Seus filhos e, com certeza, ouvirá o seu também.

No salmo de hoje, Davi expressa seu conceito de unidade do ser humano. Mente, coração e corpo não podem ser divididos. Quando a vida espiritual anda mal, necessariamente afeta a vida emocional e física. “De tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo”, afirma o salmista. Alma e corpo. A dimensão espiritual está ligada à vida física do homem. Inutilmente, o ser humano procura estar bem de um lado, menosprezando o outro.

Este salmo foi escrito por Davi nos terríveis meses que se seguiram ao seu pecado de adultério e assassinato. Sua consciência o atormentava com crueldade e sofria as conseqüências terríveis do pecado. Alguns salmos sugerem a idéia de que, nesse tempo, Davi não foi atormentado só pela culpa, mas também pela lepra.

Existem enfermidades físicas que são fruto de uma consciência culpada. Um dia trouxeram um paralítico até Jesus. O Mestre disse: “Filho, teus pecados estão perdoados.” Mar. 2:5. A multidão não entendia. Eles achavam que aquele paralítico precisava ser curado e não perdoado. Não conseguiram enxergar a relação entre a vida espiritual e a vida física.

Jesus então enfatiza essa relação ao dizer: “Para que saibais que o Filho do homem tem sobre a Terra autoridade para perdoar pecados – disse ao paralítico: ... Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa.” Mar. 2:10 e 11. Tiago acrescenta: “A oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” Tia. 5:15.

Confie sempre na misericórdia perdoadora de Deus, e hoje, antes de partir para as suas atividades, ore no seu íntimo: “Compadece-te de mim, Senhor, porque me sinto atribulado, de tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo.”





Alejandro Bullón

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias,‏

Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade. Sal. 39:4.


Hoje, quero convidar você a pensar na brevidade da vida. É o que o salmista faz. Ele nos leva a pensar. O inimigo não gosta que o ser humano pense, especialmente quando se trata de assuntos espirituais. Essa é a melhor maneira de levá-lo a viver descuidadamente, como se a vida nunca fosse terminar.

O apóstolo Tiago parece desenvolver o pensamento do texto de hoje ao declarar: “Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.” Tiago 4:13 e 14.

A Bíblia não ensina que fazer planos seja errado. Uma vida sem planos não tem sentido. O salmista aconselha a planejar, tendo em conta a brevidade da vida.

Se você tivesse que fazer apenas cinco coisas na vida: criar seus filhos, conseguir um título profissional, construir uma casa, estar em paz com Jesus e deixar uma boa herança para seus filhos. Qual seria a ordem de prioridade? Que coisa você faria primeiro? Qual deixaria para o fim? Uma coisa depende da outra? Com certeza; mas o fundamento espiritual lhe dá sentido a tudo.

Quantas vezes encontro pessoas que, no fim da existência, lamentam-se pelo tempo perdido e as oportunidades desperdiçadas.

Um homem que cometeu suicídio ao descobrir que estava com Aids deixou escrito o seguinte: “Deus me chamou na meninice, na juventude e na vida adulta. Nunca quis ouvir Sua voz. Hoje, descobri que estou condenado. Sei que morrerei e sinto a voz de Deus chamando-me. Mas, por que devo aceitar, se a minha vida já não tem valor?”

Você reconhece a sua fragilidade? Sabe que hoje é, mas que amanhã não será? Por que não dar valor às coisas que realmente valem? Por que não mudar as prioridades da vida? Amar, perdoar, dar uma nova oportunidade a quem errou. Desfrutar as alegrias simples da vida, importar-se com as lágrimas de uma criança, ser gentil; enfim, são coisas pequenas que valem a pena serem vividas. Que a sua oração seja: “Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade.”


Por Alejandro Bullón

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Em Deus, cuja palavra eu exalto, neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei.‏

Em Deus, cuja palavra eu exalto, neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei. Que me pode fazer um mortal? Sal. 56:4.


O verso de hoje apresenta uma luta estranha no coração do salmista. “Nada temerei”, declara ousadamente. Mas no verso anterior ele diz: “Em me vindo o temor”. Afinal de contas, Davi está ou não com medo? A resposta é: Está e não está. Ele era um ser humano. Sua mente via a iminência do perigo e temia. Não era tão néscio para fazer de conta que tudo estava bem, quando não estava. A autêntica fé não leva ninguém a desafiar o perigo. Se o fizesse, a pessoa cairia na presunção.



Na mente do salmista acontecia algo dramático. O medo instintivo o assaltava, mas não o dominava. “Em Deus ponho minha confiança”, declara ele. Num determinado momento, o medo e a confiança se agarravam numa luta corporal pelo controle da mente.



Todos os dias acontece o mesmo conosco. Sabemos que podemos confiar. O Senhor nos tem dado abundantes provas de Seu amor protetor. Queremos confiar, mas o temor parece mais forte do que as próprias forças.



Existe momento em que nos sentimos confusos. Respondemos de modo mais estranho aos desafios que a vida apresenta.



Por que acontece isso conosco? Talvez porque ainda não descobrimos o segredo que Davi descobriu. “Em Deus, cuja palavra eu exalto” (Sal. 56:4), afirma ele. O destaque nessa frase é a Palavra de Deus. Ela é eterna. Não falha. É confiável. “Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a Palavra de nosso Deus permanece eternamente.” Isa. 40:8.



Todo aquele que conhece a Palavra de Deus, confia nEle. A fé não cresce de forma mística, romântica ou filosófica. É um crescimento concreto e prático. “Vem... pela palavra de Cristo.” Rom. 10:17.



O resultado final de confiar em Deus e na Sua Palavra é dizer como Davi: “Que me pode fazer um mortal?” Sal. 56:4.



Portanto, hoje, parta para a luta da vida confiando nas promessas divinas. Haverá pedras no caminho, com certeza, mas você terá a orientação oportuna de Deus para passar por cima das dificuldades. Diga: Em Deus, cuja Palavra eu exalto, ponho a minha confiança e não temerei. “Que me pode fazer um mortal?”



por Alejandro Bullón