NÃO ME DESAMPARES
Não me desampares, Senhor; Deus meu,
não Te ausentes de mim. Sal. 38:21.
Não me desampares, Senhor; Deus meu,
não Te ausentes de mim. Sal. 38:21.
Naquela
trágica tarde no Éden, Deus não ficou triste porque Adão e Eva tinham
comido um fruto. Mas porque os filhos amados, que outrora corriam
felizes aos braços do Pai, desta vez se esconderam dEle. O pecado tinha
criado um abismo de separação entre o Criador e a criatura. Essa é a
conseqüência mais cruel do pecado. E insta para que o ser humano viva
apenas preocupado com a exterioridade do cristianismo.
A
partir daquele dia, a humanidade começou sua corrida solitária pelo
deserto da vida. O tempo se encarregaria de mostrar-lhe como é triste
viver separado de Deus. Separação traz desintegração, e desintegração,
morte.
No
Salmo 38, Davi descreve as conseqüências visíveis do pecado. “Não há
parte sã na minha carne, por causa da Tua indignação; não há saúde nos
meus ossos, por causa do meu pecado.” Sal. 38:3. Ele chora. O pecado
afeta a vida física do homem. Apaga o desejo de viver que gera
endorfinas, alimento das células do corpo. A vida perde sentido. A
criatura deixa de viver e apenas existe.
“Tornam-se
infectas e purulentas as minhas chagas, por causa da minha loucura”
(Sal. 38:5), Davi continua – e com esse lamento descreve o que a
consciência é capaz de fazer na mente do pecador. “Como pude fazer esta
loucura!”, desespera-se o pobre pecador, logo que o fascínio da tentação
acaba. Mas já é tarde. As conseqüências sociais do erro aparecem como
“setas” ferindo a alma. “Os meus amigos e companheiros afastam-se da
minha praga, e os meus parentes ficam de longe.” Sal. 38:11.
Tristeza,
desolação. Abandono. Autocondenação. Facas afiadas que ferem até
sangrar. Davi sabia bem o que era isso. Mas de todo o Salmo, escolhi
apenas o verso 21: “Não me desampares... Não Te ausentes de mim.”
Ah,
coração rebelde! Quando as luzes ofuscantes da tentação vierem à tua
vida, pensa um pouco no mundo de escuridão e frio que envolve o coração
por causa do pecado, olha para cima e clama com todas as forças do teu
ser: “Não me desampares, Senhor; Deus meu, não Te ausentes de mim.”
alejandro bullon
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